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sábado, 17 de maio de 2008

CUIDADO COM O EXCESSO DE TRABALHO...

É muito prejudicial a sua saúde e de sua família. Saiba o que ele pode causar e como evitar esse mal que prejudica grande parte da população mundial


Aproximadamente, 290 mil brasileiros estão no Japão, hoje, à procura de melhor qualidade de vida do que a que tinham no Brasil. Mas, muitas vezes não a encontram. Devido ao excesso de trabalho, muitos brasileiros acabam sofrendo problemas de saúde, inclusive psicológicos, como ansiedade, depressão, estresse, todos caracterizados, neste caso, pela síndrome da estafa profissional, conhecida também como burn-out.

A burn-out syndrome já é conhecida e discutida por especialistas de todo o mundo. O Dr Antônio Leandro Nascimento, graduado na faculdade de medicina da UFRJ e residência médica em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB-UFRJ), onde atualmente realiza pesquisas no Programa de Pesquisa em Ansiedade e Depressão, explica que o termo é aplicado para determinar exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. A exaustão emo-cional representa o esgotamento dos recursos emocionais do indivíduo. É considerado o traço inicial da síndrome e decorre principalmente da sobrecarga e do conflito pessoal nas relações inter-pessoais.

A despersonalização é caracterizada pela insensibilidade emocional do profissional, que passa a tratar clientes e colegas como objetos. Trata-se de um aspecto fundamental para caracterizar a síndrome de estafa, já que suas outras características podem ser encontradas nos quadros depressivos em geral, como o estresse comum. Por fim, a redução da realização pessoal (ou sentimento de incompetência) revela uma auto-avaliação negativa associada à insatisfação e infelicidade com o trabalho. Os principais sintomas físicos são dores de cabeça, alterações gastrointestinais, insônia, desmotivação, depressão e frustração. Os brasileiros, preocupados em guardar dinheiro, só pensam em trabalhar e esquecem do lazer, de relaxar e de cuidar um pouco de si mesmo. Muitas vezes, as pessoas deixam suas famílias no Brasil e viajam para o Japão, o que causa também sentimento de solidão, e agrava ainda mais o estado psicológico.

Hoje, em todo o mundo, doenças como o estresse e a síndrome de burn-out, estão presentes na vida de muitas pessoas e não tem idade, sexo, cor, raça ou religião. A sociedade em que vivemos está cada vez mais competitiva e as pessoas estão sempre expostas à pressão e às situações de estresse como discussões no trabalho, no trânsito ou na família. O corpo todo reage a essas situações, entrando em estado de defesa que, em excesso, deprime o sistema imunológico. No Brasil, cerca de 70% dos homens e 40% das mulheres que trabalham sofrem de estresse. 30% desses já sofrem da síndrome de burn-out.


No Japão, o número de suicídios, aumenta a cada ano e é o único país do mundo onde existe uma palavra para definir a morte por excesso de trabalho KAROSHI (KARO = excesso de trabalho e SHI = morte). Até foram inventadas novas técnicas de gerenciamento de produção (just in time, ilhas de produção, etc.), e há uma reivindicação para diminuir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, mas é opcional, assim como no Brasil. Para reverter ou evitar esse quadro, muitas vezes, é necessário procurar um psicólogo especializado que indicará qual será o tratamento a seguir. Mas, há algumas dicas que melhorarão sua qualidade de vida e deixarão você mais saudável.

O Dr. Antônio Leandro aconselha que “As pessoas devem procurar realizar atividades lúdicas ou prazerosas durante a semana, nos intervalos das suas atividades mais estressantes, além de manter um círculo de relacionamentos que possa apoiá-lo”, e conclui “A família pode ajudar, criando um ambiente de tranquilidade, mostrando-se disposta a ouvir os pacientes e estimulá-lo a procurar tratamento especializado em caso de necessidade”.

Evite fumar, pois o fumo reduz o calibre das artérias e facilita o depósito de gordura nas suas paredes. Pratique exercícios físicos regularmente, que alivia o estresse e protege o coração. Procure ter um hobby ou um passatempo para desviar a atenção e aliviar o estresse. Durma bem. Tenha uma alimentação balanceada e evite o consumo de bebidas alcoólicas. Procure manter bastante amizades, namorar, conversar mais com as pessoas e melhorar seu relacionamento com seus colegas de trabalho e familiares. Os problemas do trabalho devem ficar no trabalho, quando estiver em casa, tire algumas horas para ficar com a família, fazer passeios, ler livros e ver filmes.

O excesso de trabalho pode acarretar outros problemas, proteja-se:

Depressão:
O termo Depressão pode significar um sintoma que faz parte de inúmeros distúrbios emocionais sem ser exclusivo de nenhum deles, pode significar uma síndrome traduzida por muitos e variáveis sintomas somáticos ou ainda, pode ser uma doença, caracterizada por marcantes alterações afetivas. A pessoa com depressão não se sente à vontade no trabalho, sociedade e com a família. Geralmente, tem crises de choro, perda de apetite e problemas para dormir.

Distúrbio do pânico:
O Transtorno do pânico é um problema grave de saúde. É nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico, a pessoa pode desenvolver medos irracionais, as fobias, destas situações e começar a evitá-las. São diversos tipos de fobia que podem surgir, como medo de pessoas, medo de morrer, medo de ser assaltado, etc.

Problemas conjugais:
O excesso de trabalho é um grande causador de brigas conjugais. Muitas vezes não há tempo de ficar com a família ou existe a irritação que muitas vezes é levada do trabalho para casa. As brigas surgem com cada vez mais frequência e por motivos cada vez mais bobos. Os problemas geralmente acabam interferindo também na vida da família e dos filhos, que sofrem pelas discussões dos pais.

Distúrbio bipolar:
O distúrbio bipolar é caracterizado pela variação do humor entre uma fase de maníaca ou hipomania, hiperatividade e grande imaginação, e uma fase de depressão de inibição, lentidão para conceber idéias e realizá-las, e ansiedade ou tristeza. Deve-se ter em conta que este distúrbio não consiste apenas de meros “altos e baixos”. Altos e baixos são experimentados por qualquer pessoa e não constituem um distúrbio. As mudanças de humor do distúrbio bipolar são mais extremas que aquelas experimentadas pelas demais pessoas.

Esquizofrenia:
A esquizofrenia é uma doença mental grave que se caracteriza principalmente por uma coleção de sintomas, entre os quais avultam alterações do pensamento, alucinações (sobretudo auditivas), delírios, problemas emocionais, com perda de contato com a realidade, causando, talvez, um disfuncionamento social crônico. As pessoas imaginam coisas e podem se tornar agressivas. Muitas não conseguem acordar no horário e param de trabalhar. Os sintomas da esquizofrenia não são os mesmos de indivíduo para indivíduo, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma explosiva e instantânea.

Dependência de drogas:
Essas pessoas podem apresentar tendência para o vício de drogas, em jovens é ainda mais comum, pois é uma faixa etária mais vulnerável. Além de prejudicar a família, dependendo do caso, o consumo pode levar o usuário a morte.

Matéria extraída do veículo: Vision Magazine (internacional), seção: saúde, data: 10/03/2007

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